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Cadernos Adenauer

O Brasil votou: perspectivas para o futuro

Cadernos Adenauer 4/2022

O novo número da série Cadernos Adenauer traz dez artigos que avaliam diversos aspectos das Eleições de 2022.

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O novo número da série Cadernos Adenauer tem como objetivo trazer um conjunto de análises que investigam os resultados das eleições, bem como alguns dos principais desafios que serão enfrentados pelos no­vos representantes, em seus mandatos que terão início em 01 de janeiro de 2023.

Publicação completa

 

Modelos de competição política e as eleições de 2022

Fernando Guarnieri

Argelina Figueiredo

Em maio deste ano, escrevemos um artigo nesta revista onde, com base em modelos clássicos da Ciência Política, traçamos um cenário para a disputa eleitoral que se aproximava. A convite da Cadernos Adenauer, fizemos, neste novo artigo, uma avaliação de quão bem os modelos dos quais partimos e o cenário que deles derivam, se ajustaram à rea­lidade.

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É urgente a inflexão nas curvas de degradação econômica

Maria Antonieta Del Tedesco Lins

O artigo se propõe a fazer uma anatomia do período de crise, analisando o desempenho da economia e a piora no quadro social. Argumenta que o governo de frente ampla a tomar posse em 2023 enfrentará o desafio de conciliar o atendimento às prementes demandas sociais com a manu­tenção da estabilidade macroeconômica, notadamente a responsabili­dade fiscal. A urgente necessidade de reconstruir a economia e combater a pobreza exigem um plano de governo preciso e focalizado.

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Políticas sociais no Brasil: mais do que sair do mapa da fome, é preciso construir um novo projeto civilizatório

Fernanda Ribeiro dos Santos de Sá Brito

Tatiana Wargas de Faria Baptista

Os dados atuais da fome no Brasil são assustadores, mais de 33 milhões de pessoas passam fome em um país que bate recordes de exportação de alimento. A fome aqui é estrutural e tem raízes no passado escravocra­ta e colonial. Por décadas, embalados pelo mito da democracia racial, mantivemos a desigualdade estrutural e não constituímos políticas de reparação e combate às injustiças sociais. Não por acaso, as pesquisas revelam que os números de pessoas famintas são maiores em lares che­fiados por mulheres e por negros, com pior desfecho nos lares chefiados por mulheres negras, que sofrem a sobreposição de opressões de raça e gênero.

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As eleições presidenciais de 2022, as fake news e a crise da democracia: um breve panorama sobre o embate entre o bolsonarismo e o janonismo cultural

Josué Medeiros

Paulo Loiola

Luísa Antunes

Este artigo analisa o papel das fake news nas eleições presidenciais bra­sileiras de 2022. Nosso pressuposto é que o fenômeno das fake news se insere em um processo mais global de crise das democracias ociden­tais. No Brasil, esta crise começou com o golpe parlamentar de 2016 e foi intensificada com a vitória de Bolsonaro nas eleições presidenciais de 2018, quando as fake news exerceram um papel destacado para esse resultado.

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Retrato do Brasil: entre representação e representatividade. Por uma análise dos eleitos na Câmara dos Deputados e Senado em 2022 quanto ao perfil étnico-racial, de gênero e sexualidade

Fernanda Barros dos Santos

O artigo objetiva identificar e desfiar o perfil dos candidatos eleitos à Câmara dos Deputados e Senado Federal em 2022. Em outros termos, procura desvelar quanto ao recorte étnico-racial, gênero e sexualidade relativo ao perfil das candidaturas postuladas e os seus resultados para o ordenamento político. Ou seja, a pesquisa acomoda a investigação quanto à participação de mulheres, negros, indígenas e mulheres trans nas casas parlamentares entre 2014 e 2022.

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Crise política, cláusula de barreira e federação partidária: o que esperar da

legislatura 2023-2026 do Congresso Nacional?

Philippe Guedon

Antônio Mariano

A eleição de 2022, indubitavelmente, foi atípica em praticamente todas as frentes que se possa observar, a começar pela polarização imposta já tão discutida na mídia e na academia. Para além disso, houve uma mudança na legislação eleitoral que, na prática, veio para ressuscitar as antigas coligações eleitorais para os pleitos legislativos: a federação par­tidária, por meio da Lei 14.208 de 28 de setembro de 2021. Para tan­to, este artigo objetiva-se em analisar a nova composição do Congresso Nacional à luz das federações nascidas para 2022 e suas possíveis atua­ções dentro do cenário que se alinha para o próximo mandato, não ape­nas no Legislativo, mas como no Executivo.

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Eleições 2022 nos estados brasileiros: desafios aos novos governadores

Bruno Marques Schaefer

As eleições de 2022 ensejam uma série de reflexões sobre o sistema po­lítico brasileiro, seja em termos conjunturais ou estruturais. Aspectos como o fim das coligações proporcionais, o fortalecimento da direita, altas taxas de reeleição, e o futuro do grupo político “bolsonarista”, se­rão objeto de futuras análises. Neste artigo, porém, meu objetivo é mais circunscrito. Analiso as eleições para os governos estaduais em 22, a par­tir de três eixos: os antecedentes do pleito (as eleições de 18 e de 20 e a pandemia de COVID-19); seus resultados em termos da fragmentação partidária, distribuição ideológica e taxas de reeleição; bem como os de­safios de governadores e governadoras para o próximo mandato.

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Eleições presidenciais e a inserção internacional do Brasil

Danilo Marcondes

O artigo discute esses desafios considerando as eleições presidenciais, incluindo o posicionamento dos candidatos e a mobilização em defe­sa de suas propostas sobre o lugar do Brasil no mundo. A análise está dividida em 4 seções. A primeira discute a dimensão internacional das eleições presidenciais de 2022, em sequência são discutidas as repercus­sões internacionais das eleições e alguns dos principais desafios para a política externa brasileira a partir de 2023. O artigo termina com uma conclusão.

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Intensidades políticas em ambiente eleitoral polarizado e percepções sobre o papel

da Educação Política em realidade escolar

Humberto Dantas

Ana Júlia B. Bernardi

As eleições de 2022 marcaram uma disputa polarizada e extremamente ideológica com a escolha do eleitorado mais baseada em uma negação das propostas políticas em jogo, ou seja, mais no sentindo de votar “con­tra” um candidato, do que do apoio às propostas do outro (o escolhido). Embora não vejamos a polarização como um problema per se, a criação de um ambiente violento de trocas de acusações baseadas em campa­nhas negativas, permeadas pelo uso de desinformação nas redes sociais não é o cenário ideal para a juventude que ingressa como votante. Nesse sentido, em um formato de ensaio, discutimos como a educação política nas escolas se desenha como uma relevante estratégia de conscientiza­ção sobre a importância da democracia, ao passo que permite a troca de percepções sobre a política de forma mais empática, assertiva e mediada do que a discussão travada no ambiente das redes sociais.

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Caminhos para democracia: consciência livre, debate público e reconciliação

Thais Novaes Cavalcanti

José Mario Brasiliense Carneiro

O presente artigo tem como objetivo refletir sobre os caminhos da de-mocracia em uma sociedade em mudança e polarizada onde os debates tendem a ser manipulados por notícias falsas e governos populistas com tendência autoritária, dificultando a liberdade de reflexão e expressão. A pergunta de fundo é sobre quais as possibilidades de transformar os muros dos conflitos em pontes fundadas no debate livre, conscien-te e responsável tendo em vista a busca da reconciliação em favor do país e da democracia? Manuel Castells, Fareed Zakarya, Amartya Sen, Edith Stein, Hannah Arendt são alguns dos autores utilizados na pre-sente reflexão, na construção do debate público, da consciência livre e da reconciliação.

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