Contribuições aos eventos
As palavras de boas-vindas foram dadas por Olaf Jacob, representante da Fundação Konrad Adenauer na Argentina; Christian Hübner, diretor do programa EKLA-KAS; Phillip Krakau, CEO da GLB e Federico Thielemann, Gerente Geral Adjunto da AHK Argentino-Alemã.
A apresentação inicial foi realizada por Manuel Albaladejo, representante para Uruguai, Argentina, Chile e Paraguai da ONUDI(Organização das Nações Unidas para o Desenvolvimento Industrial), que explicou a importância da industrialização e da transformação produtiva a escala global e na América Latina; e a relação entre industrialização e eficiência energética (a chamada "economia circular" e a indústria 4.0) para o desenvolvimento da região visando alcançar o objetivo 9 dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS).
A América Latina atualmente encontra-se em processos isolados de industrialização, ainda existem muitas economias que dependem da exportação de matérias-primas, no entanto, existem grandes possibilidades de "decolar" para uma economia industrializada que a ajude a competir com economias mais desenvolvidas como as do leste asiático ou Europa, para isso, além de aproveitar eficientemente os recursos, deve aumentar a preparação de profissionais em áreas técnicas (em mecânica e eletrônica, principalmente) para serem as peças-chave neste desenvolvimento. A industrialização (sempre sob o paradigma da sustentabilidade e da eficiência energética), além de ser o motor do crescimento econômico, permitiria uma maior integração da economia global através da especialização produtiva, melhoria do padrão de vida das populações e o cuidado do meio ambiente.
O segundo dia, começou com a apresentação de Andrea Heins, subsecretária de economia e eficiência energética do Ministério de Energia e Minas da Argentina. A eficiência energética é algo transversal e fundamental em todas as atividades, portanto, corresponde a todos os setores produtivos implementar as medidas necessárias, com suas próprias características (atomização, rotulagem, etc.) e sem obstruir a área de ação de outras instituições, a fim de alcançar avanços significativos em eficiência energética. Devem ser traçadas metas alcançáveis e, em seguida, ampliar a visão, por exemplo, comparar-se com as conquistas alcançadas pelos países vizinhos em vez de países do primeiro mundo como Alemanha. Atingir a eficiência energética na Argentina não é apenas importante para a economia e melhoria dos processos, mas também para o cumprimento dos NDCs ratificados pelo Governo, uma vez que 32% das medidas de mitigação na Argentina correspondem a esta atividade.
Posteriormente, no primeiro painel foram apresentados os desafios do setor de hidrocarbonetos, Gustavo Albrecht, da Wintershall Argentina e Santiago Sajaroff, da YPF SA, fizeram uma breve apresentação de suas empresas, mencionando os altos padrões de qualidade em seus processos e na gestão ambiental. A Argentina possui em “Vaca Muerta” uma grande reserva de gás natural para atender tanto a demanda de energia doméstica como manter o potencial de exportação por muitos anos. O painel foi completado por Manuel Galup, vice-presidente jurídico da SNMPE, que comentou sobre a situação dos hidrocarbonetos no Peru no contexto latino-americano, os impactos que sofreu a economia peruana devido ao baixo preço dos hidrocarbonetos e as projeções de investimento e crescimento neste setor; vale a pena mencionar que um denominador comum nas exposições é que, na atualidade, todo projeto de extração de hidrocarbonetos se não cumprir com altos padrões ambientais e de responsabilidade social são inviáveis.
No segundo e terceiro painéis, as exposições de Andreas Ziolek de Energy Engineers GmbH, Elmar Wimmer de Eco Mondia Green Technology e Horácio Fortunato da Schneider Electric GmbH demonstraram que a eficiência energética unida à digitalização e sistematização dos processos de produção (empresariais) e aos residenciais (calefação e ar condicionado, por exemplo) geram grandes economias de custos para investidores e famílias, além de ser o caminho para reduzir as emissões de gases de efeito estufa, sem prejudicar o conforto das pessoas, ou a produtividade das empresas. Finalmente, o evento foi encerrado pelos representantes das instituições organizadoras, que enfatizaram a importância de que a cooperação entre a Alemanha e a América Latina seja fortalecida pelas grandes oportunidades que existem para desenvolver projetos no setor de energia na região