Contribuições aos eventos
Enfrentamos hoje o desafio de diminuir as emissões de gases de efeito estufa em um contexto de crescimento populacional. Trata-se de uma tarefa essencial para a sobrevivência do planeta. E estamos em um momento crucial, no qual precisamos mudar nossos hábitos.
No dia 5 de novembro, no Rio de Janeiro, o Programa Regional Segurança Energética e Mudanças Climáticas na América Latina da Fundação Konrad Adenauer (EKLA-KAS) foi responsável pela organização de um painel técnico de discussões sobre “Energias Renováveis e Eficiência Energética”, no contexto da Semana do Clima. "Mudanças Climáticas, Somos Todos Responsáveis" foi o lema deste evento, organizado pela Delegação da União Europeia no Brasil, WWF-Brasil e Fundação Planetário do Rio de Janeiro.
Professor Adriano Pires, Sócio-fundador e Diretor do Centro Brasileiro de Infra Estrutura (CBIE), Professor Augusto Bianchini, da Universidade de Bologna, Itália, André Nahur, Coordenador do Programa Mudanças Climáticas e Energia da WWF-Brasil, Julia Badeda, Pesquisadora da Universidade de Aachen, bolsista e integrante da Rede KAS de Energia, Professor Paulo Artaxo, Coordenador do Programa FAPESP de Pesquisa sobre Mudanças Climáticas Globais (PFPMCG) e Sandro Yamamoto, Diretor da Associação Brasileira de Energia Eólica (ABEEólica) foram os palestrantes convidados a compor a mesa de debate, que foi transmitido ao vivo pela internet.
Karina Marzano, Coordenadora de Projetos EKLA-KAS abriu o painel apresentando o panorama brasileiro e europeu das energias renováveis, com dados atuais da participação dessas fontes na matriz energética do Brasil e da União Europeia, bem como as metas para os próximos anos.
Os especialistas apresentaram as pesquisas atuais que estão desenvolvendo nas mais diversas áreas, como biomassa, bioenergia e sustentabilidade, energia eólica e armazenamento de energia. A moderação ficou à cargo de Bernardo Esteves, Jornalista ambiental na Revista Piauí.
Algumas das principais conclusões do painel remetem-se à dificuldade de respeitar o limite de 2 graus para o aumento da temperatura global, ainda que todas as contribuições nacionais (Intended Nationally Determined Contributions-INDCs) sejam implementadas. Há avanços tecnológicos que permitem a implementação de uma economia de baixo carbono, mas esta depende de vontade política e marcos regulatórios eficazes, além, naturalmente, de consciência cidadã.
Nas vésperas da COP de Paris, chega-se a um consenso de que não podemos mais apenas discutir os problemas, mas necessariamente apresentar soluções. Um novo paradigma energético torna-se, portanto, essencial. As variadas fontes renováveis de energia devem contribuir à descentralização da geração e universalização do acesso, fortalecendo a própria democracia.
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