Contribuições aos eventos
O evento começou com as boas-vindas do Dr. Christian Hübner, diretor do programa regional EKLA-KAS, que apresentou o Sr. Tiedemann aos convidados, citando a importância da RENAC AG como uma instituição especializada em pesquisa e consultoria ambiental.
Em seguida, o Sr. Tiedemann fez uma apresentação na qual os progressos da transição energética na Alemanha foram expostos. Esse processo cresceu exponencialmente desde o início dos anos noventa, quando o interesse político e de negócios foram impulsionados no desenvolvimento das energias renováveis para a produção de eletricidade, dada a preocupação com o abastecimento no futuro, o impacto ambiental e na saúde pública gerada pelo uso excessivo de combustíveis fósseis.
Vários fatores impulsionaram e impulsam na atualidade o sucesso deste crescimento na produção de energia renovável: apresenta ter uma visão de longo prazo, manter uma política de preços que garanta retornos de investimentos no futuro e possuir consciência ambiental a ser exercida desde as esferas política e cidadã. Em suma, cumprir plenamente os critérios básicos do desenvolvimento sustentável (equilíbrio econômico-social e ambiental).
Entre muitos exemplos do progresso da transição energética na Alemanha, inclui-se o fato de ter conseguido alcançar o cidadão comum, através da instalação de painéis fotovoltaicos que satisfazem a demanda de energia residencial e têm a capacidade de oferecer superávit através da rede pública, criando uma renda extra para o orçamento familiar. Além disso, falou-se da importância da integração energética na Europa, que, apesar de ter alguns problemas para chegar a um consenso entre os 28 membros da União Europeia, não há oposição acerca das novas discussões. Buscam-se acordos que reforcem a segurança energética na região, o que deveria ser um exemplo para ser replicado na América Latina.
Finalmente, com um diálogo fluido entre os convidados que forneceram comentários e perguntas, concluiu-se que o potencial de utilização de energias renováveis na América Latina é alto, tanto sob aspectos geográficos quanto econômicos, mas, para tornar esse avanço uma realidade, é essencial envolver o setor privado como planejador e executor em parceria com o setor público, que deve assegurar quadro jurídico adequado que incentive o investimento e gere consciência ambiental por meio da educação em todos os níveis, desde a escola básica até a pesquisa acadêmica.