Contribuições aos eventos
A Pesquisa realiza, não apenas uma análise, mas também uma consolidação e perspectiva dos acordos e avanços nos temas de mudanças climáticas e seu financiamento através das diferentes reuniões do G20, com foco nos que foram feitos pelos países latino-americanos que são membros deste grupo: Brasil, México e Argentina.
No Brasil, há um grande interesse do setor bancário, sobretudo do BNDES responsável por aproximadamente 84% dos financiamentos em desenvolvimento sustentável no país, a pesquisadora Kristina Taboulchanas conclui que “muito foi feito, mas há muito a ser feito”.
No México, vale a pena destacar os "Bonos Verdes" que existem e funcionam muito bem, com um grande potencial de crescimento, especialmente tendo em vista a oferta de financiamento disponível.
Na Argentina, apesar de o debate sobre a definição de "financiamento climático" ainda não ter sido concluído, pôde-se observar progressos na implementação das NDCs desde 2017, oficialmente denominado "Ano das energias renováveis", menção que deve servir de estímulo e guia para levantar questões de transição energética na Agenda do G20 de 2018.
A agenda de cada reunião do G20 é feita pelo país anfitrião, por isso é difícil conseguir que um tema transcenda os anos e permaneça na mesa de debate, no entanto, destaca que, desde 2009, a questão ambiental não só permaneceu mas ganhou força a cada ano, por isso espera-se que 2018 na Argentina (país anfitrião), os temas relacionados às mudanças climáticas e seu financiamento estejam entre as prioridades a serem discutidas.
Cada país latino-americano, membro do G20 tem realizações e desafios diferentes para alcançar o Desenvolvimento Sustentável e os NDCs propostos, mas os três concordam com a necessidade de reduzir os subsídios aos combustíveis fósseis, fixar o preço do carbono, melhorar a coordenação entre os Ministérios da Fazenda (Economia e Finanças) com os Ministérios do Meio Ambiente e Energia; aumentar o treinamento e o suporte técnico para estruturar bem os projetos e assim acessar à oferta de financiamento "verde" disponível e expandir o campo de atuação em todos os projetos produtivos (públicos e privados, de todos os setores ) o fator de "risco ambiental" para "transformar o mundo sob a abordagem do Desenvolvimento Sustentável", como concluiu José Luis Samaniego da CEPAL.
Neste link(espanhol) você pode baixar a pesquisa.